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sábado, 30 de abril de 2011

Um novo olhar!




Numa bela manhã de domingo!
Foi assim que percebi o quanto mudei...
Foi assim olhando-me no espelho de uma maneira completamente despretensiosa...
Costumeiramente lavei o rosto e ao abrir os olhos notei um ar diferente...
Um ar de quem já carregou no corpo muitos traumas, desejos e dores...
Um misto de tudo que vivenciei, li ou senti..
Percebi o quanto a vida nos molda e nos transforma trazendo algo completamente novo a cada dia..
Sutilmente vamos seguindo sempre, agregando pequenas descobertas sem deixar para trás as nossas sabedorias antigas que são características do nosso ser..
De um jeito inusitado me dei conta de que hoje enxergo a vida por outro ângulo...
Valorizo a vida e as pessoas como quem pensa no futuro...
Valorizo como quem por um novo viés analisa o mundo...


Por: Jél Lourenzo


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Kate Middleton e príncipe William... E daí?


Você já reparou como somos bombardeados por informações inúteis o tempo todo? Eu ligo a TV ou abro meu MSN e ouço e vejo cada coisa que beiro a indignação...
A cada 10 notícias 5 são sobre o casamento real, 3 são sobre quem namora quem, quem separou de quem.. E daí? Será saber antecipadamente qual será o vestido de alguém vai me tornar uma pessoa melhor? Será que assistir ou saber os detalhes do casamento de uma pessoa que nunca verei na vida me trará algo bom? Em meio a essas tantas noticias quem vem a mim sem que eu procure saber delas, ouvi que o mundo está mais interessado no casamento do príncipe do que os próprios ingleses. Eu não sou parte do movimento antimonárquico, mas não sei como um país europeu tão evoluído sustenta esse modelo arcaico de governo, fico estarrecida só de pensar quão grandes devem ser os rombos nos cofres britânicos só para sustentar os caprichos da realeza. Eu sei que o presidencialismo tem lá suas roubalheiras também, mas acredito que nem cheguem perto dos gastos que a rainha que tem com seu “jardim florido” ou suas “jóias” reais...
Pronto falei! Não sou contra a divulgação de informações, mas sim a maneira que elas são dadas. Não bastava dizer que iriam se casar e ponto?

Para mim tudo não passa de um teatro para fortalecer o “glamour" da monarquia e casando-a novamente com seus súditos através da fabricação de  uma nova plebéia adorada..
  
 Ai eu te pergunto.. Onde está o jornalismo sério deste país?  é tão chato ter de escolher entre a rede “manipulador ”  ou a “ sensacionalista ”  para obter informações ...

por Caio Fernando Abreu


Mas sempre me pergunto por que, raios, a gente tem que partir,
Voltar, depois, quase impossível. Não me mande coisas assim raivosas.
Eu não tenho anticorpos para esse tipo de coisa.
Meu ser é de faca e não de flor.
É tudo tão bonito que me dói e me pesa.
Neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva.
Tenho achado viver tão bonito.
Relaxa baby e flui: barquinho na correnteza, Deus dará.
A vida é agora, aprende.
Você não vai encontrar caminho nenhum fora de você.
E você sabe disso.
O caminho é in, não off.
Sempre há alguma coisa que falta.
Guarde isso sem dor, embora, em segredo, doa.
Loucura, eu penso, é sempre um extremo de lucidez.
Um limite insuportável.
As palavras traem o que a gente sente.
Mas sei que, por um instante, quase senti.
E eu continuo batendo batendo batendo batendo batendo nessa porta que não abre nunca.
Venha quando quiser, ligue, chame, escreva – tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim.
Precisa sofrer e morrer muitas vezes por dia para sentir-se vivo.
Minha vida não cabe nos trilhos de um bonde.
Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.
Que era uma mulher e amava.
Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro.
O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato.
Amor aos montes, por todos os cantos, banheiros e esquinas .
Ando com uma felicidade doida, consciente do fugaz, do frágil.
Rindo da ingenuidade, tentando penetrar em sua intimidade.
Fico pensando se viver não será sinônimo de perguntar.
Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis.
Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura.
Não sei, deixo rolar.
Vou olhar os caminhos, o que tiver mais coração, eu sigo.
Não é verdade que as pessoas se repitam.
O que se repetem são as situações.
Abraçe a sua loucura antes que seja tarde demais.
Flor e abismo. Flor é abismo.
Embora a bomba esteja nas minhas mãos, estamos todos no mesmo barco, no mesmo beco.
Se ao menos dessa revolta, dessa angústia, saísse alguma coisa que prestasse.
E como isso me doía de vez em quando.
Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas.
O tempo é só uma questão de cor, não é?
Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
Ando bem, mas um pouco aos trancos.
 Como costumo dizer, um dia de salto 7, outro de sandália havaiana.
Você era capaz apenas de viveras superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo.
Te mando retalhos de amor.
Preciso pegar minhas coisas e partir.
Viajar, esquecer, talvez amar.
Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê.
Não sei fazer ¨jogo social¨.
Até saberia, mas não me interessa, tenho preguiça.
Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.
Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.
A tua estrela é muito clara.
Tenho amigos tão bonitos.
Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica.
Fico quieto.
Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada.
Melhor levar para o lado do riso do que para o stadenervos, certo?
E exigimos o eterno do perecível, loucos.
A memória da gente é safada: elimina o amargo, a peneira só deixa passar o doce.
E, de qualquer forma, às cegas, às tontas, tenho feito o que acredito, do jeito talvez torto que sei fazer.
Temos esperanças novinhas em folha, todos os dias.
Ria sozinha quase sempre,uma moça magra tentando controlar a própria loucura,discretamente infeliz.
Como se temesse revelar no sorriso todo o seu mundo interior.
Anota aí pro teu futuro cair na real: essa sede, ninguém mata!
Não estou fazendo nada errado só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas.
Incrível é encontrar o não procurado.
Achando o que não está perdido.
Matando as vontades nunca sentidas.
Mas quando desvio meu olho do teu, dentro de mim guardo sempre teu rosto.
Sinais, procuro.
Rastros, manchas, pistas.
Não encontro nada.
Foi quando eu senti, mais uma vez, que amar não tem remédio.
Sofre horrores, mas continua do bem, sempre inventando histórias com final feliz.
Amor?
Não sei.
É meio paranóico.
Parece uma coisa para enlouquecer a gente devagar.
Gastei quase todas as minhas fichas: tudo é blues, azul e dor mansinha.
Sentir sede faz parte.
E atormenta.
A gente se entrega nas menores coisas.
Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro.
Seria bonito, e as coisas bonitas já não acontecem mais.
Estou cada vez mais bossa-nova, espiritualmente sentado num banquinho, com o violão no colo.
Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com essa fome na boca.
Para de sonhar coloridices.
Eu quero um punhado de estrelas maduras eu quero a doçura do verbo viver.
Se tocada por dedos bruscos num segundo me estilhaço em cacos, me esfarelo em poeira dourada.
Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente.
Faz tanto tempo que invento meus próprios dias.
Apanhe todos os pedaços que você perdeu nessas andanças e venha.
Porque o mundo apesar de redondo tem muitas esquinas.
Então eu imagina você vindo.
Como eu te imaginava.
Encontrei o amor.
Ele não é real, mas que se há de fazer?
A gente não pode ter tudo na vida.
Pensamentos, como cabelos, também acordam despenteados.
Um dos olhos dela sorria cúmplice.
O outro criticava, cínico.
O tempo não cura tudo, aliás, o tempo não cura nada, ele apenas tira o incurável do centro das atenções.
Guardei a minha no bolso.
E fui.
Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras – e por tudo isso ando cada vez mais só.
Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?
Uma pessoa não é um amontoado de frasezinhas supostamente brilhantes.

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ilha das flores - filme curta metragem

Supreendente! Assista!

O ser  humanos vale mais do que os porcos? Um ser humano vale mais do que o outro?


Tem 20 minutinhos? curta este curta!

Muito bom este curta..quando tiver tempo assista!

A história das coisas


Consumo sustentável! antes de fazer suas comprinhas de inverno vá olhar o seu guarda-roupas!

Você sabe o que tem lá dentro?
Isso  mesmo lá dentro do guarda-roupas?
Quantos sapatos você tem?
Quantas peças de roupa? Você usa tudo?
Se não usa  tudo que tem, pra que comprar mais?

Hoje fui dar uma geral em meu guarda-roupa e vi tanta coisa que nem sabia mais que existia, juntei um bolo de roupas e alguns sapatos para doar, vi muitas roupas que posso aproveitar este inverno (não precisarei comparar quase nada) olhe o seu guarda-roupas  também vai se surpreender com que vai encontrar lá.. pode parecer estranho mas agente acaba se esquecendo de algumas roupas e deixando-as de lado..


Para que ter 250 pares de sapatos se o mês só tem 30 dias?
Para que deixar roupa que não usa mais ocupando espaço em casa? Faça doações!
Nem sempre a solução é comprar, faça  trocas ! sempre tem uma peça boa que você não usa, mas  alguém adoraria.
sabe aqueles vestido que agente usa só uma vez? não compre, alugue!

Há muito tempo que nosso planeta vem pedindo uma ajudinha nossa, consuma sustentávelmente, pense antes de comprar tudo que tem vontade

Consuma o necessário! Pense no planeta! Pense em você!
Os efeitos de nossas  atitudes estão aí para todos verem, faça sua parte!




domingo, 24 de abril de 2011

10 dicas para superar um pé na bunda


Quem nunca levou um pé na bunda daqueles?
Eu já levei!
você com certeza já levou e se não levou vai levar..rsrs
Com minha vasta experiência  em consolar amigas resolvi montar estas 10 dicas..







Não tome nenhuma decisão precipitada 
Leia com atenção estas dicas... 
Estou cansada de ver suicidas apaixonados..( isso passa com certeza, aguente firme!)




1.                  Nos primeiros dias você sentirá que perdeu a melhor pessoa do mundo e que não conseguirá esquecer ( é normal, mas passa)..

2.                  Tente pensar nos momentos ruins, eles sempre existem você só precisa lembrar com atenção..

3.                  Não insista! Se a pessoa te deixou pode ate te aceitar de volta, mas terá que dividi-lo com a outra .( homem tem mania de colecionar mulheres se ele chegou a terminar é porque não te quer mais)

4.                  Evite lugares comuns a vocês dois, se ele tiver outra ( certamente tem) fará tudo para que você veja, se ele não fizer isso a outra fará ..( caso isso aconteça você terá uma recaída)

5.                  Viva um dia de cada vez, pense que hoje você sofrerá mais que amanha e amanha menos que hoje..

6.                  Divirta-se com seus amigos, não passe muito tempo sozinha, pelo menos nos primeiros dias..

7.                  Não assista comédia romântica, nem ouça musicas tristes e evite tomar porres senão você terá uma recaída e ninguém vai aguentar de ouvir seu choro..
8.                  Com o passar do tempo você começará a enxergar os defeitos que eram ate então invisíveis para você (aguente firme ate essa fase)

9.                  Não entre em novos relacionamentos antes que esteja preparada para isso, senão você comparará tudo com a relação anterior..( não dará certo)

10.              Cuide-se, isso ajuda a levantar a auto-estima, não fique desarrumada nem dentro de casa..

espero que gostem das dicas, foram feitas com muito carinho.. 

por: Jel lourenzo


Ao abri os olhos eu te vi chegar à meia luz,  andando pela casa como quem quer ser cuidadosamente silencioso , levantei levemente o rosto e vi você  tirar os sapatos,  guardar tua pasta, mochila e as chaves do carro..

Vi  você pisar a ponta dos pés como quem quer  passar despercebido,  fechei os olhos e fingi que dormia..
Senti o toque dos teus dedos em minha bochecha e caricias nos  meus meus cabelos, senti seu perfume próximo  ao meu rosto e o calor da tua boca encostada em minha orelha fria..quis beijar-te mas preferir senti teu carinho despretensioso..


por: Jél Lourenzo

sábado, 23 de abril de 2011



Hoje eu pensei em você e foi tão simples, simplismente bom!


por: Jél Lourenzo

Cartas de Amor - Rubem Alves

“A mulher que lê”, de Johannes Vermeer (1632 - 1675)

Leio e releio o poema de Álvaro de Campos. Oscilo. Não sei se devo acreditar ou duvidar. Se acredito, duvido. Duvido porque acredito. Pois foi ele mesmo quem disse - ou melhor, o seu outro, o Fernando Pessoa - que ele era um fingidor. “Todas as cartas de amor se não fossem ridículas...”

Tenho no meu escritório a reprodução de uma das telas mais delicadas que conheço. “A mulher que lê”, de Johannes Vermeer (1632 - 1675). Uma mulher, de pé, lê uma carta. O seu rosto está iluminado pela luz da janela. Seus olhos lêem o que está escrito naquela folha de papel que suas mãos seguram, a boca ligeiramente entreaberta, quase um sorriso. De tão absorta, ela nem se dá conta da cadeira, ao seu lado. Lê de pé.


Penso ser capaz de reconstituir os momentos que antecedem este que o pintor fixou. Pancadas na porta interromperam as rotinas domésticas que a ocupavam. Ela vai abrir e lá estava o carteiro, com uma carta na mão. Pela simples leitura do seu nome, no envelope, ela identifica o remetente. Ela toma a carta e, com este gesto, toca uma mão muito distante.



Para isto se escrevem as cartas de amor. Não para dar notícias, não para dar conta de nada, não para repetir as coisas por demais sabidas, mas para que mãos separadas se toquem, ao tocarem a mesma folha de papel.Barthes cita estas palavras de Goethe: “Por que me vejo novamente compelido a escrever? Não é preciso, querida, fazer pergunta tão evidente, porque, na verdade, nada tenho para te dizer. Entretanto tuas mãos queridas receberão este papel...”

Volto a Álvaro de Campos. Será esta razão do ridículo das cartas de amor - o descompasso entre o que elas dizem e aquilo que elas realmente querem fazer? Pois o propósito explícito de uma carta é dar notícias, e é por isso que elas são feitas de palavras. Mas o que elas realmente desejam realizar está sempre antes e depois da palavra escrita: elas querem realizar aquilo que a separação proíbe: o abraço. Quem quer que tente entender uma carta de amor pela análise da escritura estará sempre fora de lugar, pois o que ela contém é o que não está ali, o que está ausente. Qualquer carta de amor, não importa o que se encontre nela escrito, só fala do desejo, a dor da ausência, a nostalgia pelo reencontro.

Aquela carta fez tudo parar. A mulher fecha a porta e caminha pela casa sem nada ver, buscando uma coisa apenas, a luz, o lugar onde as palavras ficarão luminosas. Que lhe importa a cadeira? Esqueceu-se de que está grávida. Seus olhos caminham pelas palavras que saíram das mesmas mãos que a abraçaram. Seu corpo está suspenso naquele momento mágico do carinho impossível que aquele pedaço de papel abriu no tempo do seu cotidiano.

Uma carta de amor é um papel que liga duas solidões. A mulher está só. Se há outras pessoas em casa, ela as deixou. Bem pode ser que as coisas que estão nela escritas não sejam nenhum segredo, que possam ser contadas a todos. Mas, para que a carta seja de amor, ela tem de ser lida em solidão. Como se o amante estivesse dizendo: “Escrevo para que você fique sozinha...” É este ato de leitura solitária que estabelece a cumplicidade. Pois foi da solidão que a carta nasceu. A carta de amor é o objeto que o amante faz para tornar suportável o seu abandono.

Olho para o céu. Vejo a Alfa Centauro. Os astrônomos me dizem que a estrela que agora vejo é a estrela que foi, há dois anos. Pois foi este o tempo que sua luz levou para chegar até os meus olhos. O que eu vejo é o que não mais existe. E será inútil que eu me pergunte: Como será ela agora? Existirá ainda? Respostas a estas perguntas eu só vou conseguir daqui a dois anos, quando a sua luz chegar até mim. A sua luz está sempre atrasada. Vejo sempre aquilo que já foi...Nisto as cartas se parecem com as estrelas.

A carta que a mulher tem nas mãos, que marca o seu momento de solidão, pertence a um momento que não existe mais. Ela nada diz sobre o presente do amante distante. Daí a sua dor. O amante que escreve alonga os seus braços para um momento que ainda não existe. A amante que lê alonga os seus braços para um momento que não mais existe. A carta de amor é um abraçar do vazio... “Ainda bem que o telefone existe”, retrucarão os namorados modernos, que não mais têm de viver o amor no espaço das ausências. Engano. Um telefonema não é uma carta falada. Pois lhe falta o essencial: o silêncio da solidão, a calma da caneta pousada sobre a mesa que espera e escolhe pensamentos e palavras. O telefone põe a solidão a perder. Num telefonema a gente nunca diz aquilo que se diria numa carta. Por exemplo: “Eu ia andando pela rua quando, de repente, vi um ipê-rosa florido que me fez lembrar aquela vez...” Ou: “Relendo os poemas de Neruda, encontrei este que, imagino, você gostará de ler...”

A diferença entre a carta e o telefone é simples. O telefone é impositivo. A conversa tem de acontecer naquele momento. Falta-lhe o ingrediente essencial da palavra que é dita sem esperar resposta. E, uma vez terminado, os dois amantes estão de mãos vazias.

Mas a mulher tem nas mãos uma carta. A carta é um objeto. Se não tivesse podido recolher-se à sua solidão, ela poderia tê-la guardado no bolso, na deliciosa espera do momento oportuno. O telefone não pode esperar. A carta é paciente. Guarda as suas palavras. E, depois de lida, poderá ser relida. Ou simplesmente acariciada. Uma carta contra o rosto - poderá haver coisa mais terna? Uma carta é mais que uma mensagem. Mesmo antes de ser lida, ainda dentro do envelope fechado, tem a qualidade, de um sacramento: presença sensível de uma felicidade invisível.

Alves, Rubem . O retorno e terno, Campinas: Papirus, 1994

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O quebra-cabeças




Olhos arregalados, ansiosos, curiosos e atentos por todos os lados...

Estávamos todos assentados em nossas carteiras...
Éramos como peças naquela sala de aula...
Pecinhas de um quebra-cabeças desconhecido...

Não sabíamos como elas se juntariam, nem era possível prever a forma final dele...
Encaixes superficiais daquele primeiro dia dissipavam-se à medida em que peças mostravam suas formas e cores...
Junções perfeitas começavam a surgir...
Elas  encaixavam-se umas nas outras  e algumas  distanciavam-se por falta de similaridade...
No fim aquele amontoado de peças tornou-se um inteiro...
Um quebra-cabeças cuidadosa e minuciosamente completo...
Ao longo dos anos após saírem daquela sala algumas das peças ainda permanecem interligadas..


por: Jél Lourenzo

terça-feira, 19 de abril de 2011

Carta - Por Caio Fernando Abreu

Tenho trabalhado tanto, mas penso sempre em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assentada aos poucos e com mais força enquanto a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos. Tão transparentes que até parecem de vidro, vidro tão fino que, quando penso mais forte, parece que vai ficar assim clack! e quebrar em cacos, o pensamento que penso de você. Se não dormisse cedo nem estivesse quase sempre cansado, acho que esses pensamentos quase doeriam e fariam clack! de madrugada e eu me veria catando cacos de vidro entre os lençóis. Brilham, na palma da minha mão. Num deles, tem uma borboleta de asa rasgada. Noutro, um barco confundido com a linha do horizonte, onde também tem uma ilha. Não, não: acho que a ilha mora num caquinho só dela. Noutro, um punhal de jade. Coisas assim, algumas ferem, mesmo essas que são bonitas. Parecem filme, livro, quadro. Não doem porque não ameaçam. Nada que eu penso de você ameaça. Durmo cedo, nunca quebra.  

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés daquelas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.). E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você – seria, seriam? Boas e bobas, são as coisas todas que penso quando penso em você. Assim: de repente ao dobrar uma esquina dou de cara com você que me prega um susto de mentirinha como aqueles que as crianças pregam umas nas outras. Finjo que me assusto, você me abraça e vamos tomar um sorvete, suco de abacaxi com hortelã ou comer salada de frutas em qualquer lugar. Assim: estou pensando em você e o telefone toca e corta o meu pensamento e do outro lado do fio você me diz: estou pensando tanto em você. Digo eu também, mas não sei o que falamos em seguida porque ficamos meio encabulados, a gente tem muito pudor de parecer ridículos melosos piegas bregas românticos pueris banais. Mas no que eu penso, penso também que somos meio tudo isso, não tem jeito, é tudo que vamos dizendo, quando falamos no meu pensamento, é frágil como a voz de Olívia Byington cantando Villa-Lobos, mais perto de Mozart que de Wagner, mais Chagal que Van Gogh, mais Jarmush que Win Wenders, mais Cecília Meireles que Nelson Rodrigues.

Tenho trabalhado tanto, por isso mesmo talvez ando pensando assim em você. Brotam espaços azuis quando penso. No meu pensamento, você nunca me critica por eu ser um pouco tolo, meio melodramático, e penso então tule nuvem castelo seda perfume brisa turquesa vime. E deito a cabeça no seu colo ou você deita a cabeça no meu, tanto faz, e ficamos tanto tempo assim que a terra treme e vulcões explodem e pestes se alastram e nós nem percebemos, no umbigo do universo. Você toca minha mão, eu toco na sua.  

Demora tanto que só depois de passarem três mil dias consigo olhar bem dentro dos seus olhos e é então feito mergulhar numas águas verdes tão cristalinas que têm algas na superfície ressaltadas contra a areia branca do fundo. Aqualouco, encontro pérolas. Sei que é meio idiota, mas gosto de pensar desse jeito, e se estou em pé no ônibus solto um pouco as mãos daquela barra de ferro para meu corpo balançar como se estivesse a bordo de um navio ou de você. Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente. Caminho mais devagar, certo que na próxima esquina, quem sabe. Não tenho tido muito tempo ultimamente, mas penso tanto em você que na hora de dormir vezemquando até sorrio e fico passando a ponta do meu dedo no lóbulo da sua orelha e repito repito em voz baixa te amo tanto dorme com os anjos. Mas depois sou eu quem dorme e sonha, sonho com os anjos. Nuvens, espaços azuis, pérolas no fundo do mar. Clack! como se fosse verdade,

um beijo.

Caio Fernando Abreu

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Lembranças da Infância



Laura chegou do trabalho costumeiramente cansada, colocou a bolsa em cima da mesinha do quarto, tirou os sapatos, encostou a cabeça em uma almofada colorida que estava no sofá e aos poucos, lentamente foi fechando os olhos e ali mesmo onde estava sentada começaram a surgir lembranças da infância, ela não sabia se estava sonhando ou pensando. Lembrou-se dos muitos amigos que teve e da dor deixá-los. Mudou-se para outra cidade onde sua casa era a única da rua. Ela contava as horas para ir a escolar fazer novas amizades, os meses foram se passando e novos vizinhos foram chegando. Ela conheceu Júlia, uma menina linda de olhos verdes e rosto iluminado por seus cachinhos loiros, ela era muito falante e Laura extremamente tímida.. Lembrou-se da primeira conversa
-Oi eu sou a Júlia, quer brincar?
-Oi
-Você mora aqui?
-Moro
-Minha mãe encheu a  piscina  quer nadar?
Laura não tinha biquíni, mas insistiu para que a mãe a deixasse brincar com a nova amiga, então usou um maiô velho que sua prima havia esquecido em sua casa. Era uma piscina de plástico que Júlia tinha no fundo do quintal. Elas brincavam sempre. Júlia era mais nova, mas Laura não se importava, ela tinha muitos brinquedos e Laura só tinham alguns. Lembrou-se do aniversário de oito anos de Júlia, da decoração e do bolo que eram cor de rosa, dos presentes que ela ganhou principalmente de uma boneca com a qual Laura sempre sonhou... Havia muitas crianças na festa e Laura sentiu ciúmes de Júlia, pois ela não podia dar atenção somente a ela.
Laura abriu os olhos devagar, não sabia se havia sonhado ou pensado em Júlia, levantou pegou uma foto, já bem velha, em cima de mesinha, foi até o guarda-roupa pegou sua boneca Emília e abraçou bem forte e uma lágrima rolou do seu canto esquerdo do rosto dela. Lembrou-se que aquele dia fora a última vez que a viu, ela morreu tragicamente dias depois, atropelada por um caminhão enquanto andava em sua bicicleta rosa..

Na verdade não foi assim que  lembrei-me dela, lembro-me  sempre, apenas quis poetizar essa lembrança. Sim sou eu e não Laura, ela também não se chamava Júlia e sim Juliana. Eu não tenho mais a boneca Emília que foi dela, afinal já se passaram mais de dez anos, mas todos os dias  lembro-me do vestido branco com flores coloridas que ela vestia quando já estava sem vida, lembro-me de colocar a mão em sua mão me despedindo. Eu tinha dez anos, fiz uma cartinha, coloquei na caixa de correio da casa dela, eu não entendia nada sobre a morte, mas sabia que ela jamais leria aquela carta. O nome da carta? Saudades de Juliana.


por: Jél Lourenzo

domingo, 17 de abril de 2011

Para uma avenca partindo / por Caio Fernando Abreu

".. Resolvi postar aqui um dos contos mais lindos que já li. Caio é a minha inspiração para escrever e ao meu ver foi um dos melhores contistas , adoro o jeito como ele se expressa.."


Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio? Falava do mais fundo, desse que existe em você, em mim, em todos esses outros com suas malas, suas bolsas, suas maçãs, não, não sei porque todo mundo compra maçãs antes de viajar, nunca tinha pensado nisso, por favor, não me interrompa, realmente não sei, existem coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor pensei sim, não, pensar propriamente dito não, mas eu sabia, é verdade que eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além das nossas mãos dadas, dos nossos corpos nus, eu dentro de você, e mesmo atrás dos silêncios, aqueles silêncios saciados, quando a gente descobria alguma coisa pequena para observar, um fio de luz coado pela janela, um latido de cão no meio da noite, você sabe que eu não falaria dessas coisas se não tivesse a certeza de que você sentia o mesmo que eu a respeito dos fios de luz, dos latidos de cães, é, eu não falaria, uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viveras superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouca que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si própria, mas sabe, você tinha razão em rir daquele jeito porque eu também não tinha me dado conta de que enquanto ia dizendo aquelas coisas eu também cantava desvairadamente até ficar rouco, o que eu quero dizer é que nós dois cantamos desvairadamente até agora sem nos darmos contas, é por isso que estou tão rouco assim, não, não é dessa coisa de garganta que falo, é de uma outra de dentro, entende? Por favor, não ria dessa maneira nem fique consultando o relógio o tempo todo, não é preciso, deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço, claro, claro que eu compro uma revista pra você, eu sei, é bom ler durante a viagem, embora eu prefira ficar olhando pela janela e pensando coisas, estas mesmas coisas que estou tentando dizer a você sem conseguir, por favor, me ajuda, senão vai ser muito tarde, daqui a pouco não vai mais ser possível, e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa, olha, é bom você pegar sua passagem, porque você sempre perde tudo nessa sua bolsa, não sei como é que você consegue, é bom você ficar com ela na mão para evitar qualqueratraso, sim, é bom evitar os atrasos, mas agora escuta: eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor, é, a cor, o tempo é só uma questão de cor não é? Por isso não importa, eu queria era te dizer dessas vezes em que eu te deixava e depois saía sozinho, pensando também nas coisas que eu não ia te dizer, porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir, sim, era preciso estar disponível para ouvi-las, disponível em relação a quê? Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender, melhor, claro que eu dou um cigarro pra você, não, ainda não, faltam uns cinco minutos, eu sei que não devia fumar tanto, é eu sei que os meus dentes estão ficando escuros, e essa tosse intolerável, você acha mesmo a minha tosse intolerável? Eu estava dizendo, o que é mesmo que eu estava dizendo? Ah: sabe, entre duas pessoas essas coisas sempre devem ser ditas, o fato de você achar minha tosse intolerável, por exemplo, eu poderia me aprofundar nisso e concluir que você não gosta de mim o suficiente, porque se você gostasse, gostaria também da minha tosse, dos meus dentes escuros, mas não aprofundando não concluo nada, fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas, é por isso que estou falando, fecha a revista, por favor, olha, se você não prestar muita atenção você não vai conseguir entender nada, sei, sei, eu também gosto muito do Peter Fonda, mas isso agora não tem nenhuma importância, é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ......... ............ ............. ............ .......... ........... ............. ............ ............ ............ ......... ........... ............ ............ sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisas, será que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê.

sábado, 16 de abril de 2011

Sabe o que gosto em você ?



Gosto de tantas coisas que  confundo-me ao dizer...

Gosto do seu sorriso, da sua boca e até do jeito que morde os lábios quando está pensando...

Gosto do seu jeito de ser...

Gosto do seu olhar, da sua expressão de espanto e até do jeito que aperta os olhos e me olha de lado quando estou encrencada...

Gosto da sua gargalhada...

Gosto do seu cheiro, do seu natural cheiro e do perfume também...

Gosto do ar doçura que você tem...

Gosto do jeito que você toca o meu rosto e ate do contraste da sua pela branca com minha pele morena...

Gosto em você de tudo que vale a pena...

Gosto das pequenas coisas que você faz e até  de quando não faz nada , mas está presente..

Gosto de tê-lo em minha mente...

Gosto de tudo em você e em mim, daquilo que compõe o que existe entre nós e o torna tão belo...

Gosto do que é puro e singelo..


Jél Lourenzo

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Parque das Cachoeiras- Ipatinga MG

Uma imagem fala mais que mil palavras!

Diana e Natalia Ex- BBB11


O cúmulo da vontade de aparecer

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A foto do beijo



Era noite de festa, Larissa e Murilo estavam muito felizes
Ela vestia um vestido preto, longo, de alças finas e bordado com pedrinhas coloridas
 Ele vestia um terno preto e uma gravata vermelha
Antes de saírem ele pegou em sua mão, beijou-lhe a testa e disse que a amava.
Havia seguranças na porta:
- Nomes, por favor,
-Larissa Nicastro e Murilo Tarso
Tenham uma ótima festa disse o segurança.
Eles tomaram champanhe, se divertiram, se olharam com ternura e ate se beijaram, parecia uma  despedida.
Hora de cumprimentar os noivos, enquanto Larissa conversava com Alice, a noiva, Murilo conversava com Gabriel seu amigo de infância, que era também o noivo.
Murilo voltou à mesa e Gabriel o acompanhou, disse que não era a hora certa, mas precisava lhe mostrar algo, colocou em suas mãos uma foto.
 Murilo chorou, pensou um pouco, a tristeza começou a virar nervosismo, levantou-se foi em direção a Larissa apertou seu braço, olhou em seus olhos, lhe mostrou a foto e disse: como pode fazer isso?  Você não é quem eu pensei que fosse! Nunca mais quero te ver!
Larissa olhou para a mão dele em seu braço e para seus olhos e disse:
-você está me machucando
-você merece muito mais disse ele
Ela segurou o choro abaixou a cabeça por uns instantes  e disse : tenha uma ótima festa
Larissa foi ate Miguel , que estava na foto com ela, e perguntou o porquê de tudo isso?
Ele disse que era porque a queria de volta..
Ela deu meia volta e saiu.
Saiu sozinha correndo, sem carro, sem moto, sem taxi, sem sapato , apenas levantou o vestido e foi a pé chorando ate o ponto de ônibus.
 Miguel tentou segui-la mas não a encontrou..
Chegando em casa em seu celular havia uma mensagem de Murilo que ela apagou sem ler...
 Miguel a procurou inúmeras vezes, mas ela também não respondeu, foi a sua porta e ela não o atendeu..
Murilo sentia falta de Larissa e se perguntava o porquê
 Larissa tentava seguir em frente, mas muito magoada para deixar de pensar nisso.
Passaram-se algumas semanas e eles desviavam o olhar um do outro quando se cruzavam pelas ruas, ate que um dia ele a parou  e perguntou:
- O que aconteceu? O que eu fiz para merecer isso? Eu te perdôo, não quero viver sem você.
- O que tinha na foto? perguntou Larissa
- você sabe!
Ela perguntou de novo com a voz alterada:
-O que tinha naquela foto?
- Você beijando Miguel
- Quem lhe mostrou?
- Gabriel
- Gabriel  é irmão de quem? da pessoa que estava me beijando?
Os dois ficaram calados olhando um para o outro.
Larissa  disse:  eu não quero o seu perdão,  vou lhe dizer o que aconteceu, mas não quero ouvir nenhuma palavra sua.
Na noite anterior a festa Miguel me procurou para conversar, ele disse que queria outra chance  e que ainda me pensava em mim.
 Eu disse que  era tarde demais  e que eu queria você Murilo,  que nosso relacionamento  estava muito bem e que eu já havia  dado muitas chances  a ele .
 Eu não o beijei, ele me beijou e eu não retribui, provavelmente foi uma plano que deu certo, deve ter pedido alguém para tirar a foto e você caiu .
Eu deveria ter suspeitado..
Ele me perguntou se você confiava em mim e eu disse sim, mas infelizmente eu estava  enganada a seu respeito.
Não culpo o Gabriel,  ele é seu amigo, deve ter tentando te alertar sobre algo que ele pensava saber, não acredito que ele tenha participado disso, deve ter encontrado a foto.
Sou eu quem não te perdoa, não pela vergonha que me fez passar, mas por não ter me dado ao menos o beneficio da dúvida.

                             Por: Jél Lourenzo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Impasse




Camila era amiga de Débora que  amava Pedro que  não amava ninguém
Débora apresentou Camila a Pedro 
Pedro amou Camila  
Camila amou Pedro  , mas o rejeitou, pois  Débora o amou primeiro
Vendo o impasse Débora se afastou
Camila e Pedro se aproximaram e mantiveram um relacionamento
Camila era muito nova e Pedro também
O Pai de Camila interferiu, não confiava em Pedro.
Vendo o impasse Pedro se afastou
Pedro conheceu Fernanda e mantiveram um relacionamento
Camila ainda amava  Pedro e  sentia falta de Débora
Débora já não amava ninguém , nem Camila, nem Pedro
Pedro estava com Fernanda, mas procurava por Camila
Pedro queria Fernanda e Camila
Mas Camila não dividiria Pedro com Fernanda
Vendo o impasse Fernanda se afastou
Camila e Pedro retomaram o relacionamento
O pai de Camila não interferiu, pensou estar enganado sobre Pedro
Pedro reencontrou mariana um amor antigo  e deixou Camila
Camila reencontrou Débora, mas não foram mais amigas.


por: Jel Lourenzo




terça-feira, 12 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Alimentação e cabelos




Todos sabemos que existe uma correlação direta entre o que comemos e a nossa saúde. Os alimentos são a fonte de energia e a matéria prima para manter em atividade nosso organismo e produzir os hormônios, as enzimas e as proteínas necessárias ao nosso desenvolvimento.

Os cabelos compõem-se 90% da proteína queratina  que contém, na sua estrutura, 18 aminoácidos, 8% de água, lipídeos, pentoses, glicogênio e ácido glutâmico, e 2% dos minerais de ferro, cobre, zinco, alumínio e cobalto.

O ressecamento é o primeiro sinal de que os cabelos estão desnutridos, sendo que a perda da umidade dos fios provoca uma diminuição da coesão entre as células, facilitando com que eles se quebrem.

Qualquer fator do organismo que reduza a síntese de proteínas repercutirá sobre o crescimento dos cabelos.

Regimes radicais ou estados de desnutrição com falta de proteínas, vitaminas ou óleos essenciais aumentam o número de folículos em fase de repouso, determinando o afinamento, a perda do brilho e a interrupção do crescimento dos fios.


Fonte: http://www.tricologia.com.br/sobre_cabelos_4.asp




Existem inúmeros tratamentos para hidratar, revitalizar e dar brilho nos cabelos, mas uma alimentação equilibrada é muito importante, como já dito na reportagem deficiências na alimentação podem prejudicar o crescimento e qualidade dos cabelos. 

  1. Tenha uma alimentação bem colorida, quanto mais cores, mais nutrientes e vitaminas;
  2. Evite repetições de pratos, não siga a mesma rotina de alimentação todos os dias;
  3. Coma pelo menos 3 frutas ao dia, sendo 1 de vitamina C ( laranja, acerola, goiaba etc..);
  4. Lembre-se sempre de incluir legumes e folhosos em sua alimentação ( cenoura, couve, alface, abobora etc..);
  5. As proteínas são muito importantes, as principais fontes são produtos de origem animal (carnes, leites e derivados, ovos e etc), se você é vegetariano o arroz e feijão são uma boa combinação de proteínas ( o aminoácidos que falta no arroz tem no feijão e vice-versa).



por: Jél Lourenzo




calcular o IMC

Esta tabela é prática para calcular o IMC (índice de massa corporal), ela não se aplica a todos os casos, por exemplo a atletas, pois  não diferencia massa magra ( musculatura) de massa gorda ( gordura corporal), mas se você estiver fora dos padrões já é um sinal para procurar um nutricionista



sábado, 9 de abril de 2011

O ser humano é naturalmente mau!


Eu não queria falar sobre o ocorrido de ontem em Realengo no Rio de Janeiro, embora eu esteja profundamente chocada e triste com tal ato de crueldade, mas de tanto ouvir  rótulos de mocinhos e vilões resolvi  me pronunciar , pode ser que muitos não concordem comigo, mas falarei assim mesmo.  Na minha opinião a culpa não é somente de quem efetuou os disparos, não é estória em quadrinhos é vida real, há várias partes envolvidas nisso.  Penso que o ser humano é naturalmente mau, você pode  ate  espantar-se com o que acabo de dizer mas tenho argumentos.  já reparou como as crianças podem ser más umas com as outras? Nunca gostam de emprestar seus brinquedos, e sempre dizem  ( é meu !) ( me dá! ), batem umas nas outras e tantas outras atitudes...porque será? Com quem aprenderam agir assim?. Já nascem egoístas e ate  certo ponto  um pouco malvadas (uma maudade inocente e sem intenção mas não deixar de ser um ato mau). Na minha leiga opinião  acredito ate que  provem-me o contrário que a educação e a correção dos pais é um grande diferencial, assim como os bons exemplos das pessoas que os cercam. É claro que existem os distúrbios mentais e também pessoas com desvio de caráter e personalidade apesar de uma boa educação, todavia isso não retira a parcela de culpa da sociedade que pode ter falhando nesse  caso, de onde vem a falha? Não sei... Dos pais? Professores? Religiosos mal intencionados? Amigos? Parentes?  Maus exemplos que veiculam na mídia? Sinceramente não sei, mas com certeza houve uma falha ou talvez muitas. Não me entendam mal, não tenho a pretensão de afirmar que o ambiente molda o ser humano, mas resaltar que ele interfere..

Ser bom é um exercício diário e não algo natural. Quem nunca  sentiu-se tentando a fazer uma maldade ou cometer um pequeno crime enquanto ninguém estivesse olhando, mas não o fez por princípios ?
Por: Jél Lourenzo